Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos. Pitágoras

Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos. Pitágoras
“O principal objetivo da educação é criar pessoas capazes de fazer coisas novas e não simplesmente repetir o que as outras gerações fizeram.” Jean Piaget

Número de homicídios em Mossoró no ano de 2013

Até o momento, foram registrados 133 homicídios na metrópole do futuro.
Alguém acredita que nossas autoridades (Prefeita, Governadora, Vereadores etc.) estão preocupadas com isso?

Quem sou eu

Minha foto
Em um relacionamento divertido com o conhecimento, a vida, a família e a profissão docente.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Um exemplo a ser seguido

Numa cerimônia fechada, o Exército entregou ontem à Infraero  a obra de reforma da pista principal do Aeroporto de Guarulhos. Um trecho de 1060 m – de um total de 3.700 m – foi inteiramente reformado pelo Departamento de Engenharia do Exército, com apoio de empreiteiras privadas.

Em quatro meses de trabalho, em turnos que começavam às 6h e terminavam às 22h, inclusive aos sábados, a pista foi recuperada dentro do prazo (com quatro dias de antecedência) e a um custo 30% inferior ao previsto.

Além de entregar a obra antes do prazo, o exército devolveu R$ 150 milhões que foram economizados.

Fonte: cofemac.com.br

Nota do blog: Porque a Prefeitura de Mossoró não consegue ser assim?

Um exemplo da incapacidade de cumprir prazos na execução de suas obras pode ser visto na construção de uma praça na Avanida da justiça, nas proximidades do IFRN.

A obra já deveria ter sido entregue há meses, porém, está abandonada. Até a placa que apresentava o valor a ser gasto na obra e o prazo para sua entrega já sumiu. Hoje mesmo, as placas que cercam o local destinado à praça cairam, atrapalhando o trânsito na Avenida de Justiça.

Apesar disso, ninguém toma uma providência. Os moradores esperam passivamente e os órgãos de fiscalização não tomam nenhuma providência no sentido de fazer a Prefeita explicar porque essa obra não foi concluída.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Nova proposta do governo para os professores da rede federal de educação

O governo ofereceu na noite desta terça-feira (24) uma nova proposta de reajuste nos salários dos professores federais para acabar com a greve da categoria, que já dura quase dois meses e atinge 57 das 59 universidades federais.

Pela proposta, anunciada pela Federação dos Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), o reajuste mínimo passaria de 12% para 25%; o máximo, para professores com titulação maior e em dedicação exclusiva, permaneceria em 40%, além dos 4% já concedidos pelo governo numa medida provisória.

O aumento seria dado já a partir de março de 2013, e não mais no segundo semestre do ano que vem. O custo total, para os próximos três anos, seria de R$ 4,2 bilhões, em vez de R$ 3,9 bilhões, como previsto na proposta anterior, rejeitada pelos professores.

Os novos índices foram anunciados no intervalo de uma reunião de representantes dos professores com a Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento e a Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação.

De acordo com o presidente da Proifes, Eduardo Rolim de Oliveira, a proposta agradou boa parte da categoria, mas ela ainda deverá ser votada e aprovada pelas assembleias-gerais das universidades federais para ser aceita e a greve acabar.

Oliveira afirmou que o conselho do Proifes analisará a proposta e levará uma indicação para as bases, que deverão fazer assembleias-gerais. A resposta ao governo, disse, deverá ser dada até a próxima semana. "Isso vai depender da avaliação que primeiro nosso conselho fará e obviamente nós faremos uma indicação as bases", explicou o sindicalista.

Para Eduardo Oliveira, todas as categorias de professores do ensino superior serão contempladas. "O governo atendeu integralmente o nosso pleito de que ninguém receba menos de 25% de aumento", disse.
 
Categoria dividida
 
No intervalo da reunião, outras entidades que representam a categoria disseram estar ainda insatisfeitas com a nova proposta, apesar do apoio da Proifes. O Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) e o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) –  também presente no encontro com o governo – reivindicam não apenas aumento salarial, mas uma reestruturação na carreira.

O secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Marco Antonio de Oliveira, afirmou que, com o incremento na oferta, o governo "chegou ao limite". "Sabemos que é preciso valorizar o professor, mas nenhuma categoria está conseguindo arrancar reajustes do governo que contemplem perdas futuras", disse.

O secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, disse que a proposta do governo visa "valorizar a preservação do poder aquisitivo" dos docentes. "Estamos seguros de que é uma boa proposta, que ela fortemente investe na educação e valoriza a carreira dos docentes", afirmou ao deixar a reunião.

Mendonça defendeu também o corte de ponto dos grevistas. "Cada órgão, cada departamento do governo deve cumprir essa orientação que é: a greve rompe o contrato e, portanto, corta-se o ponto", declarou. Ele disse ainda que o acordo poderá viabilizar o começo do semestre letivo.

"Fizemos um movimento suficiente para terminar a greve e começar o semestre letivo. Temos um prazo que precisa ser curto para o retorno das aulas, caminharmos para um acordo e normalizarmos a situação", disse.

Novos salários
 
Pela nova proposta, o salário inicial, por exemplo, de um professor com doutorado e de dedicação exclusiva passará nos próximos 3 anos dos atuais R$ 7.627,02 para R$ 8.639,50. Já o salário inidicial dos professores iniciantes com mestrado e dedicação de 40 horas saltará de R$ 3.137,18 para R$ 3.799,70. A remuneração do professor titular com dedicação exclusiva – aqueles que estão no topo da carreira – passará de R$ 11,8 mil para R$ 17,1 mil.

O governo propôs também diminuir a quantidade de níveis da carreira de professor universitário, de 17 para 13, alegando que assim facilitaria a progressão dentro da profissão.

No último dia 13 de julho, o governo apresentou proposta de reajuste de 12% a 40% (mais 4% já aprovados em medida provisória), a serem recebidos nos meses de junho de 2013, 2014 e 2015, que foi rejeitada pelos grevistas. A proposta de hoje, além de elevar o piso para 25%, antecipa os pagamentos para os meses de março.

O incremento significará impacto de R$ 4,2 bilhões no orçamento do governo, 7,7% maior que o previsto na proposta inicial. O reajuste soma-se ao aumento de 4% concedido pelo governo por meio de medida provisória retroativo a março, ao longo dos próximos anos.

A greve foi iniciada em 17 de maio e hoje atinge todas as instituições, com exceção da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e da Universidade Federal de Itajubá (Unifei).

Fonte: G1

Juventude exterminada

Nesta segunda-feira Mossoró chega aos 71 homicídios, apenas em 2012. 

São mais de 250 homicídios desde o início de 2011. Muitos deles vitimando jovens menores de idade.

A entrada cada vez mais precoce no mundo do crime tem culminado com um verdadeiro extermínio de nossos adolescentes. 

Diante desse quadro, deixo um questionamento para aqueles que, melhor do que eu, conhecem as leis do nosso país:

A certeza da impunidade promovida pelo estatuto da criança e do adolescente (ECA) tem contribuído para que nossos jovens em situação de risco social se sintam estimulados a entrar no mundo do crime?

Com a palavra, as pessoas que insistem em tratar jovens de 17 anos de idade como sujeitos incapazes de se responsabilizar pelos seus atos.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

O jeito Dilma de lidar com os servidores

ELIO GASPARI

Gerentona?


Quem está na frigideira com a greve de servidores é a doutora Dilma com seus ministros descoordenados


Não deu outra: o governo produziu um surto grevista no serviço público federal. Estão paradas há dois meses 56 universidades federais e há funcionários em greve em pelo menos 15 repartições de 26 Estados. Chegou-se a essa situação porque a doutora Dilma e seus comissário
s acharam que podiam enfrentar as reivindicações com onipotência e embromatina.

O surto começou em junho com a greve dos professores de universidades federais. Era uma paralisação parcial, e o governo disse que o problema deveria ser negociado no Ministério do Planejamento, onde a comissária Miriam Belchior informava que não trataria com grevistas. Era o modelo Scania. Em 1978, ele produziu um surto grevista no ABC de São Paulo e dele emergiu um sujeito chamado Lula.

Ao escolher esse caminho, a doutora Dilma cometeu uma imprudência semelhante à do industrial que, diante de uma greve, manda o assunto para uma discussão entre o sindicato e a diretoria financeira da empresa. De lá, só sai uma resposta: não há dinheiro.

A onipotência ruiu numa sexta 13, quando a comissária Belchior apresentou uma proposta aos grevistas. Em quase todos os casos, além de aumentos salariais, os servidores querem planos de carreira prometidos e jamais apresentados.

O comissariado do Planalto quer a coisa (acabar com a greve) e seu contrário (preservar a incolumidade política dos ministros cujas áreas são afetadas pelo movimento).

Aí entra a embromatina. O ministro da Educação sumiu. O da Saúde emudeceu, com servidores da Anvisa parados e com a Funasa parcialmente paralisada. O do Trabalho, não se sabe onde está. O comissário dos movimentos sociais, Gilberto Carvalho, passou por perto, afastou-se e reapareceu, falando em "equacionar as contas", sem que se saiba o que isso quer dizer.

Com as greves espalhadas pelas agências reguladoras, pelo Incra, pelo IBGE e em pelo menos seis ministérios, somando algo entre 150 mil servidores, segundo o governo, e 500 mil, segundo os grevistas, o Planalto soltou o espantalho da crise econômica refletida no Pibinho.

É um truque velho, generaliza o problema com o propósito de não discutir a pauta específica. A crise europeia nada teve a ver com o engavetamento dos planos de carreira dos professores universitários brasileiros. Se um servidor do Judiciário está sem aumento há três anos ou espera pelo plano de carreira há outros tantos, essa argumentação chega a ser desrespeitosa. Ele pode até discordar da extensão das reivindicações do sindicato, mas não quer ser tratado como bobo.

Foi Miriam Belchior quem travou as negociações? Mercadante ficou longe? Padilha se manteve calado? Tudo isso é verdade, mas só aconteceu porque a gerentona Dilma Rousseff desenhou uma estratégia cataléptica que estimulou as greves e acrescentou um desnecessário elemento de tensão. Dificilmente Lula tomaria esse caminho, parecido com o dos generais ou com a severidade de Fernando Henrique Cardoso na greve dos petroleiros de 1995.

Na última opção preferencial pela embromatina, o Planalto ameaça cortar os salários dos grevistas. Nem Ronald Reagan, o exterminador de sindicatos, seria capaz de deixar 55 mil professores sem dois meses de salários. Se a ameaça fosse séria, teria eficácia em junho. É uma parolagem sempre repetida, jamais cumprida. Exatamente por isso as greves no serviço público são duradouras e no setor privado são breves.

Contribuição do amigo Bosco através do Facebook.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

POSICIONAMENTO DA GESTÃO DO CÂMPUS NATAL ZONA NORTE SOBRE O MOVIMENTO GREVISTA DOS SERVIDORES DO IFRN






Diante do movimento grevista deflagrado no último dia 21 em nosso Instituto, pronunciamo-nos como gestores do Câmpus Natal Zona Norte do IFRN, tendo consciência de que esse movimento é resultado de uma postura inflexível do Governo Federal ao postergar negociações com nossa categoria que, legitimamente, busca direitos e garantias para melhoria das condições de trabalho e valorização geral da educação técnica e tecnológica em nosso país. Entendemos que a negociação imediata pelo governo é o caminho seguro para a manutenção do estado democrático de direito, que foi estabelecido pela nossa Constituição Federal.
Nós, do Câmpus Natal Zona Norte, temos um histórico recente, construído em bases sólidas de compartilhamento de responsabilidades e abertura democrática, sendo o debate no plano das ideias o que nos diferencia e nos orgulha. Entendemos que este momento crítico, pelo qual estamos passando, deve servir para reafirmar nossa identidade coletiva, ressaltando ser não apenas uma característica de unidade de servidores e comunidade acadêmica, mas uma conquista do processo democrático a ser preservada e alimentada por todos, independentemente de temporários posicionamentos divergentes, pois seremos nós docentes, técnicos administrativos, estudantes, terceirizados, pais e comunidade em geral que, após o movimento paredista, reativaremos nossos sonhos de ver de fato estabelecido um ensino público, laico, gratuito e de qualidade para a Zona Norte de Natal, conforme o Projeto político Pedagógico do IFRN que assume a função social de “ofertar educação profissional e tecnológica – de qualidade referenciada socialmente e de arquitetura político-pedagógica capaz de articular ciência, cultura, trabalho e tecnologia – comprometida com a formação humana integral, com o exercício da cidadania e com a produção e a socialização do conhecimento, visando, sobretudo, à transformação da realidade na perspectiva da igualdade e da justiça social”.
Finalizamos prestando total apoio à categoria da qual fazemos parte, entendendo que a posição de gestor, em situações delicadas como a atual, é de somar forças com a comunidade acadêmica, que pode e deve se posicionar de forma livre em relação ao movimento, estabelecendo como pontos indiscutíveis a luta de todos e que devemos estar unidos por um propósito maior, qual seja, a valorização dos servidores públicos da rede federal de ensino para uma melhor qualidade da educação desse país.
Valdemberg Magno do Nascimento Pessoa
Diretor-Geral
Agamenon Henrique de Carvalho Tavares
Diretor Acadêmico
Valdelúcio Pereira Ribeiro
Diretor de Administração

Nota do blog: Uma postura louvável na construção de uma verdadeira gestão democrática. Algo completamente diferente do que costumam fazer alguns gestores que, apesar de falarem em gestão democrática e participativa em todos os seus discursos, consideram-se acima do demais servidores, lamentavelmente, posicionando-se sempre contra os movimentos reivindicatórios da sua própria categoria.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

A assessora que parou a CPI do cachoeira

O gabinete do senador Ciro Nogueira (PP-PI) confirmou nesta quinta-feira (19) que irá demitir a assistente parlamentar Denise Leitão Rocha, após vir à tona um vídeo em que ela aparece fazendo sexo.


Apesar de não ter sido cometida nenhuma irregularidade profissional –o vídeo não foi gravado nas dependências do Congresso–, o senador chegou a dizer que a situação é “constrangedora”.

A demissão só deve ocorrer após a volta do recesso parlamentar, mas, como o senador, que está no seu Estado de origem, provavelmente voltará a Brasília na semana que vem, a medida pode ser antecipada.

A mãe da assessora, que se identificou apenas como Dalva, disse que a filha estava sendo injustiçada. “Minha filha fez direito, foi aprovada na OAB, é inteligente. Ela não fez nada de errado no trabalho. O vídeo é algo íntimo. É claro que ela está sendo injustiçada.”

Denise começou a trabalhar com Ciro Nogueira no início de 2011 e o assessora nos trabalhos da CPI do Cachoeira em questões jurídicas. Aliás, foi na CPI, que investiga as relações do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com governos, parlamentares e empresas, que o próprio Nogueira se tornou o centro de uma polêmica, após ser revelado que ele participou de um almoço em Paris com Fernando Cavendish, dono licenciado da Delta, construtora investigada pela comissão por envolvimento com Cachoeira.

Vídeo

O vídeo em que a assessora aparece chamou a atenção da imprensa durante o depoimento à CPI do prefeito de Palmas, Raul Filho (PT), no último dia 10 de julho. As imagens teriam sido vistas por alguns parlamentares na tela de seus laptops durante a sessão. Depois disso, acabou sendo amplamente repassado entre políticos e jornalistas.

Denise ocupa um cargo de confiança, ou seja, não passou em concurso nem tem registro em carteira de trabalho, e, segundo o gabinete, foi escolhida por conta do seu currículo. A exoneração dela, portanto, não precisa de justificativa, segundo Paulo Eduardo Vieira de Oliveira, juiz do Tribunal do Trabalho da 2ª Região de São Paulo e professor da USP.

Fonte: UOL

Nota do blog: Essa moça não precisa mais se preocupar com trabalho, pois não faltarão convites para posar em revistas masculinas com cachês altíssimos. Tem ainda os inúmeros programas de TV que vivem de barracos e que pagarão bem para dissecar a vida da moça para uma multidão de expectadores ávidos por notícias sem importância.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

A tragédia rubro-negra

A situação do Flamengo vai de mal a pior.

Nesta quarta-feira sofreu uma derrota vergonhosa para o Corinthians em pleno Engenhão por 3 a 0, deixando seus torcedores revoltados e o treinador, Joel Santana, mais uma vez na corda bamba.

Depois de mais um péssimo resultado, ficam evidentes as consequências da gestão desastrosa da presidente Patrícia Amorim, que recebeu o Flamengo após a conquista do Brasileirão de 2009 e jogou todas as suas fichas em medalhões (Adriano e Ronaldinho) que, apesar dos altos salários, não demonstraram nenhum interesse em respeitar o time e a sua torcida.

Não bastasse isso, o Flamengo insiste em dar status de craque a jogadores medianos como Renato Abreu, que sobrevive no futebol as custas de chutões que, de vez em quando, acertam o gol.

A torcida culpa Joel, mas o problema é mais em cima.

Não é de se estranhar que Ruan (zagueiro revelado na Gávea) não aceitou o convite para jogar no Flamengo. Jogador sério e com muita experiência, Ruan preferiu encerrar sua carreira vestindo a camisa do Internacional-RS, que se apresenta como um time mais organizado e com uma gestão mais séria.

Abre o olho mengão, se não tomar cuidado vai parar na segunda divisão.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

É pouco e é muito

O Brasil, sexta economia do mundo, tem renda anual de R$ 4,3 trilhões. De acordo com o Banco Central, o valor das dívidas corresponde a 43,3% da renda das famílias no ano. O governo abre mão de aproximadamente R$ 116 bilhões, quase 3% do PIB, sob a forma de incentivos fiscais todo ano. Desse montante no ano passado, R$ 20 bilhões só na indústria automobilística. Somente os Poderes Legislativo e Judiciário necessitam de quase R$ 30 bilhões por ano. Estima-se que os investimentos da Copa, Olimpíadas, Trem-Bala e Belo Monte vão exigir R$ 167 bilhões, ao longo de alguns anos. O gasto com o INSS é da ordem de 7,2% do PIB, e os serviços da dívida pública consomem 5,1% do PIB.

Há recursos para gastar 10% do PIB com educação (4,9% além dos atuais 5,12%), bastaria mudar as prioridades. A questão central é se há prioridade maior para a educação, em comparação com os demais setores. Mas o menosprezo brasileiro com a educação é cultural.

Por alguma razão na formação do espírito nacional, não consideramos educação como indicador de riqueza de uma pessoa, nem do conjunto dos brasileiros. Ser culto não é visto como um indicador de status social. Os educadores e os filósofos são pouco valorizados. Mesmo quem paga a escola privada do filho, em geral, não busca a educação em si, investe no salário adicional que ele terá no futuro graças ao estudo.

Politicamente, no Brasil, tudo que é para a maioria pobre fica abandonado, depois que os relativamente ricos resolvem seus problemas. E os filhos dos ricos podem pagar a escola privada, recebendo do governo cerca de R$ 4 bilhões de dedução do Imposto de Renda por ano. É assim com a saúde, o transporte, a segurança e também com a educação, que caracterizam a nossa maneira de ser. O desprezo para com a educação é também uma questão de imprevidência e de preferência pelo imediatismo. Educação é uma poupança fundamental para o futuro do país e de cada família, mas que não permite a satisfação do consumo no presente. Orgulha-nos termos a 6 maior renda nacional do mundo, e não nos envergonha sermos o 88 país em educação; nem percebemos a ameaça que esta classificação provoca para o futuro.

É possível encontrar recursos para investir até 10% do PIB na educação, se eliminarmos privilégios e desperdícios e mudarmos as atuais prioridades. Ainda se não quisermos mudar as prioridades, poderemos pensar em outros instrumentos fiscais ou mesmo em empréstimo provisório para investir em educação.

O problema, portanto, não é a falta de recursos, mas o risco de termos excesso de recursos para a educação. Se investirmos 10% no atual sistema de educação, correremos o risco de desperdiçar dinheiro. Se todo este recurso for aplicado nas atuais unidades de ensino, o sistema não seria capaz de absorvê-lo com eficiência. Serão comprados equipamentos que ficarão engavetados e haverá aumento dos salários sem a correspondente elevação na qualificação e na dedicação dos professores.

O problema principal não é onde conseguir os 4,9% do PIB que faltam para chegar aos 10% previstos na meta 20 do segundo PNE - Plano Nacional de Educação. O problema central é como aplicar esses recursos, depois de identificar as fontes.

Uma maneira eficiente de investir na educação seria implantar um novo sistema de educação, com paulatina federalização da educação de base; criação de uma carreira nacional do professor, com salário de R$ 9 mil por mês para os docentes desta nova carreira, que ficariam sujeitos à avaliação que poderá ocasionar demissão; e adoção da educação em horário integral, em escolas confortáveis, bonitas e bem equipadas. A implantação deste novo sistema, ao longo de 20 anos, requererá, no final, 6,4% do PIB.

O segundo PNE aprovado pela Câmara de Deputados é um conjunto de intenções sem projetos, propostas e operacionalidade. A prova é que, em vez de estimar seu custo, definiu-se arbitrariamente 10% do PIB para a educação, por coincidência o mesmo percentual que a PEC 169/1993 destinou para a saúde. O valor proposto pelo PNE II é pouco diante da riqueza da economia brasileira, mas é muito se for para aplicar no atual sistema, sem definições, sem mudanças e sem clareza.

Cristovam Buarque 

sexta-feira, 13 de julho de 2012

O maior brasileiro de todos os tempos

Nesta semana, Carlos Nascimento (SBT) começou a apresentar a lista dos 100 brasileiros mais votados pela população para receber o título de "o maior brasileiro de todos os tempos".

Como já era de se esperar, a lista de indicados é um misto de bom senso e mediocridade.

Se, por um lado, a população reconhece a importância de pessoas como Paulo Freire e Maria da Penha, por outro lado, é possível identificar o quanto as pessoas que participaram da escolha se deixam influenciar pela mídia, conferindo o título de maior brasileiro de todos os tempos a pessoas como: Joelma (banda calipso), Luan Santana, Dedé (sagueiro do Vasco), Michel Teló, Tiririca, Collor, entre outras figuras "ilustres".

Ver Luan Santana, Gugu Liberato, Ivete Sangalo e Tiririca receberem mais reconhecimento do que Carlos Drummond de Andrade ou Paulo Freire mostra o que realmente é relevante para a maioria dos mais de um milhão de brasileiros que participaram dessa votação.

O pior de tudo é imaginar que esse é o pensamento de muitos outros brasileiros que não participaram dessa pesquisa.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Facebook

Há cerca de duas semanas resolvi me cadastrar no Facebook.

Em pouco tempo pude perceber o quanto o Facebook é popular. A qualquer hora que eu resolva dar uma olhada no "face", como é carinhosamente chamado por alguns amigos, encontro pelo menos 10% dos meus amigos virtuais disponíveis para um bate-papo.

Só depois de começar a usar o facebook consegui entender porque o Orkut se tornou um verdadeiro semitério virtual.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Governo federal ameaça cortar ponto dos professores

O anúncio de que o governo federal iria cortar o ponto dos servidores da educação que estão em greve deixou muita gente apreensiva. Porém, lideranças sindicais afirmam que o corte de ponto é uma medida muito difícil de ser executada já que o governo teria dificuldades para identificar quem está em greve.

O governo pode optar por fazer o mesmo que fez o ex-ministro da educação, Paulo Renato, que, incapaz de identificar os servidores em greve, cortou o salário de todos os servidores, ainda no governo FHC.

Esse é o governo da Dilma, que durante a campanha usou e abusou de promessas de valorização dos profissionais da educação e que, agora, trata esses profissionais com um desprezo típico dos tempos de FHC.

Hoje à tarde assisti a um documentário sobre a educação no Canadá e vi quando uma professora brasileira que lá trabalhava afirmou que, naquele país, a profissão docente é muito valorizada, que muita gente queria ser professor, mas que nem todo mundo conseguia, por se tratar de uma profissão muito concorrida.

Enquanto isso, no Brasil, professor não tem aumento de salário e quando luta para conseguir alguma coisa sofre ameaça de ver o pouco que ganha ser cortado.

Coisas desse tipo ajudam a entender porque eles estão em sexto lugar no PISA e nós não ficamos nem entre os cinquenta primeiros.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Greve dos professores da rede federal de educação: mais uma pisada na bola por parte do governo Dilma

Na manhã desta segunda-feira (2), professores, técnico-administrativos e estudantes das instituições federais de educação em greve chegaram bem cedo à Esplanada dos Ministérios. Com um nutritivo café da manhã, bandeiras, faixas e palavras de ordem, representantes do Sinasefe, Andes-SN, Fasubra e do comando de greve dos estudantes chegaram às 7h30 em frente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). A manifestação foi uma forma de as categorias cobrarem do governo uma proposta para as suas reivindicações e a abertura de negociações.

É que hoje, 2 de julho, seria a data final, determinada pelo próprio governo, para encerramento das negociações com os docentes das universidades públicas e institutos federais sobre a reestruturação da carreira. Contudo, em vez de apresentar uma proposta, como havia prometido durante uma reunião realizada no dia 12 de junho, o secretário de Relações de Trabalho do MPOG e interlocutor do governo com as categorias do serviço público, Sérgio Mendonça, nem sequer recebeu os sindicalistas.
 
Pelo contrário, apesar das 90 instituições federais da educação em greve, mandou duas de suas secretárias receberem a comissão de sindicalistas, formada por representantes do Andes-SN e do Sinasefe, que queria tão-somente lhe entregar uma carta com o pedido formal de abertura da mesa, de apresentação de uma proposta às reivindicações das categorias e de inclusão dos técnico-administrativos na negociação.

"Mais uma vez nos deparamos com a frustração. O próprio governo determinou que hoje seria o dia de encerramento da negociação que deveria ter começado no dia 19 de junho, mas além de ter desmarcado a reunião do dia 19 com a alegação de que todos estavam envolvidos com a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio +20, chegou no dia de hoje sem nenhuma proposta concreta para nos apresentar", lamenta um dos coordenadores do Sinasefe, David Lobão

Em vez de receber os sindicalistas, na hora da manifestação, Mendonça telefonou para os manifestantes e avisou que não tinha autorização do governo para recebê-los. Na carta entregue às secretárias do ministério, os sindicalistas lamentam a falta de proposta do governo, o cancelamento da reunião do dia 19 de junho e o fato de as negociações não terem sido efetivadas dentro do prazo proposto pelo próprio governo.

"Hoje, 2 de julho, vence mais uma data apontada pelo governo para concluir negociações sobre a reestruturação da carreira docente. No entanto, essas negociações não se efetivam. Não há proposta do governo e recorrentemente as reuniões agendadas são canceladas", informa o documento. E prossegue: "Estamos dispostos a negociar, pois no início de 2011 protocolamos nossas pautas de reivindicação.

No entanto, o governo vem protelando recorrentemente as discussões. A falta de resposta nos levou a maior greve nas instituições federais de ensino nos últimos anos. Em maio a greve teve início com a adesão, em seu primeiro dia, de 33 instituições federais de ensino. Hoje, são mais de 90", diz a nota.

O descumprimento dos acordos e das agendas de negociação é uma constante desde agosto de 2010, quando as categorias da educação federal iniciaram a negociação das suas pautas de reivindicações. Na sexta-feira (29), numa matéria sobre a paralisação dos docentes e técnico-administrativos que foi ao ar no Jornal Nacional, uma repórter da Rede Globo disse que o governo tinha uma proposta a ser apresentada.

Integrante do Comando Nacional de Greve do Sinasefe, Gerson Maciel disse que o café da manhã era uma forma de as categorias dizerem ao secretário que estão esperando a reabertura das negociações. A presidente do Andes-SN, Marinalva Oliveira, concorda com ele e completou: "É sim uma maneira fraternal de o Andes-SN e o Sinasefe dizerem ao governo que, além de aguardarem a convocação para a mesa, também estão abertos à negociação.

"Até hoje o governo só demonstrou que não tem credibilidade porque não cumpre os acordos nem as agendas que ele mesmo marca nas mesas de negociação, porém, ainda assim estamos aqui, fraternalmente, dispostos a negociar, aguardando que o governo manifeste a vontade política de atender ao pleito dos docentes", disse a professora.

Fonte: www.sinasefe.org.br

domingo, 1 de julho de 2012

Contas sujas

Por 4 votos a 3, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aceitou o pedido de 14 partidos para anular sentença da própria Corte que havia barrado das urnas os políticos que tiveram a prestação de contas da campanha de 2010 rejeitada pela Justiça Eleitoral. 

Com a decisão, os chamados contas-sujas poderão concorrer às eleições municipais de outubro.
 
Mais uma vez o poder judiciário decepciona o povo brasileiro. O TSE poderia ter barrado essa turma que brinca com o dinheiro público, impedindo-os de participar da eleições. 

Argumentos não faltam, basta ver as justificativas de quem votou contra a participação dos "contas sujas".  Porém, o judiciário preferiu deixar essa turma à vontade para se fartar com o dinheiro público.

Apesar de ser lamentável, não me surpreende.