Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos. Pitágoras

Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos. Pitágoras
“O principal objetivo da educação é criar pessoas capazes de fazer coisas novas e não simplesmente repetir o que as outras gerações fizeram.” Jean Piaget

Número de homicídios em Mossoró no ano de 2013

Até o momento, foram registrados 133 homicídios na metrópole do futuro.
Alguém acredita que nossas autoridades (Prefeita, Governadora, Vereadores etc.) estão preocupadas com isso?

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Em um relacionamento divertido com o conhecimento, a vida, a família e a profissão docente.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Violência em Mossoró. Até quando as autoridades vão fingir que nada está acontecendo?

Instalei o contador de homicídios na manhã de domingo (29/05). Até aquele momento haviam sido registrados 86 homicídios em Mossoró.

Entre o momento em que instalei o contador de homicídios e a noite de ontem ocorreram mais 5 homicídios em cerca de 36 horas.

Foram 3 homicídos apenas nesta segunda-feira.

Particularmente, não acredito que essa situação irá mudar tão cedo, pois não vejo nenhuma ação por parte da autoridades estaduais ou municipais nesse sentido.

A Governadora faz vista grossa para essa onda de violência que assola Mossoró.

E me falaram que o povo de Mossoró deveria votar em Rosalba, pois ela iria dar a Mossoró um tratamento digno, diferente de outros governos.

A Prefeita não fala nada a respeito da violência na cidade que ela administra.

Só pensa na festinha junina.

Fico me perguntando: o povo de Mossoró tem algum motivo para passar um mês em festa as custas do dinheiro público?

segunda-feira, 30 de maio de 2011

UNESCO considera que kit anti-homofobia combaterá estigma e discriminação

A distribuição de kits informativos de combate à homofobia nas escolas públicas ganhou mais apoio nesta semana. A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) deu parecer favorável ao material que, na sua avaliação, “contribuirá para a redução do estigma e da discriminação, bem como para promover uma escola mais equânime e de qualidade”.

A opinião da UNESCO contraria frontalmente os argumentos do deputado Jair Bolsonaro, que considera que: “Isso [o material] é um estímulo à homossexualidade, à promiscuidade e uma porta à pedofilia”.

O kit homofobia, como vem sendo chamado, foi elaborado por entidades de defesa dos direitos humanos e da população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e travestis) a partir do diagnóstico de que falta material adequado e preparo dos professores para tratar do tema. O preconceito contra alunos homossexuais tem afastado esse público da escola, apontam as entidades.
 
“Todas as pesquisas mostram que em torno de 40% da população escolar têm preconceito com esse público. O material vai ensinar os professores a trabalhar isso”, defendeu Toni Reis, presidente da ABGLT. O kit é formado por cartazes, um livro com sugestão de atividades para o professor e três peças audiovisuais sobre o tema. O material foi elaborado pelo projeto Escola sem Homofobia, a partir de seminários e de uma pesquisa aplicada em escolas públicas.

Fonte: Último segundo

domingo, 29 de maio de 2011

O contador de homicídios

Quando resolvi instalar o contador de homicídios no blog, hoje pela manhã, já haviam ocorrido 86 homicidios em Mossoró, apenas em 2011.

Infelizmente, no mesmo dia em que foi implantado, o contador de homicídios já precisa ser atualizado, pois neste domingo (29/05) ocorreram mais 2 homicídios, e ainda nem terminamos o fim de semana.

A ideia de contar homicídios não é nova, mas foi a forma que o blog encontrou para chamar a atenção da população e das autoridades para a onda de violência que assola Mossoró, já que as nossas autoridades continuam fingindo que nada está acontecendo.

É importante lembrar que, para cada homicídio registrado, acontecem várias outras tentativas de homicídio, roubos, furtos, arrombamentos etc., que não podem ser contabilizados por esse blog, mas que contribuem para criar um clima de terror por toda a cidade de Mossoró.
Caro leitor, caso você queira mudar essa realidade, começe escolhendo melhor os seus representantes.

Escola é determinante na luta contra a homofobia

Sozinha, a escola não será capaz de combater o preconceito contra gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e travestis. Mas o ambiente escolar é o local mais promissor para por fim à homofobia. Essa é conclusão de um estudo realizado pela Fundação Perseu Abramo, em parceria com a Fundação Rosa Luxemburgo Stiftung (RLS), em 150 municípios brasileiros em todas as regiões do País. Por isso, Gustavo Venturi, coordenador do estudo, defende que o debate sobre esse tipo de discriminação faça parte das aulas, inclusive na infância.

De acordo com os dados da pesquisa, que será transformada em livro este mês, enquanto metade dos brasileiros que nunca frequentou a escola assume comportamentos homofóbicos, apenas um em cada dez brasileiros que cursaram o ensino superior apresentam o mesmo comportamento. O estudo realizado entre 2008 e 2009 com 2.014 pessoas também avaliou as diferenças de preconceito entre as regiões, idade da população, renda, religião. Nenhuma das variáveis apresentou diferença tão drástica de comportamento, segundo Venturi.

Segundo a pesquisa, a variável que mais determina o nível de preconceito das pessoas é a escolaridade. Há uma grande diferença de preconceito entre quem nunca foi à escola e quem concluiu o ensino superior.

Fonte: Último segundo

Nota do blog: pesquisas como esta reforçam a importância do debate sobre a necessidade do respeito à diversidade de raça, orientação sexual, gênero etc.


Nesse sentido, o kit anti-homofibia se apresenta como uma estratégia que, caso seja desenvolvida adequadamente, pode oferecer uma grande contribuição para a construção de uma sociedade onde as pessoas sejam capazes de conviver hamonicamente com a diversidade.

Segundo informações obtidas por este blog, o kit anti-homofobia deve ser distribuído em 6 mil escolas do ensino médio, contrariando a tese de que ele seria distribuído para escolas do ensino fundamental para ser trabalhado com crianças de 7 ou 8 anos de idade.


Além disso, "o convênio para a preparação do kit anti-homofobia tem um custo total de R$ 1,8 milhão e inclui, além da confecção de vídeos e cartilhas para professores, pesquisas, seminários e atividades de formação para docentes que vão utilizá-lo", o que evidencia que os professores deverão ser preparados para fazer uso desse material em sala de aula e que o material não seria apresentado aos alunos sem nenhuma reflexão crítica sobre seu conteúdo. 

Infelizmente, políticos conservadores pegam carona nesse debate mal fundamentado para fazer média com aquela parte da população que ainda é incapaz de respeitar a diversidade em um mundo tão cheio de diferenças.

sábado, 28 de maio de 2011

Auxílio-reclusão de R$ 862,11: mais um absurdo do nosso país dos absurdos

De acordo com a portaria interministerial MPS/MF 568, de 31 de Dezembro de 2010, em seu artigo 5º

"O auxílio-reclusão, a partir de 1º de janeiro de 2011, será devido aos dependentes do segurado cujo salário-de-contribuição seja igual ou inferior a R$ 862,11 (oitocentos e sessenta e dois reais e onze centavos), independentemente da quantidade de contratos e de atividades exercidas."

O que passa pela cabeça de um legislador que cria esse auxílio?
Além de todas as despesas que a sociedade já tem com a manutenção de um preso na cadeia, ainda tem que pagar um auxílio de R$ 862,11, valor que supera a renda de uma quantidade significativa de trabalhadores que passam o mês inteiro dando um duro danado para ganhar o indigno salário de R$ 545,00.

Simplesmente, um vergonha.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

A opinião do leitor

Gostaria de compartilhar com os leitores deste blog um comentário postado por Gilmar Henrique acerca da nota apresentada por Chico César, Secretário de Cultura da Paraíba, que enriquece nossa discussão sobre a importância da valorização da música de raiz verdadeiramente nordestina nas nossas festas juninas.

Caro Alecsandro, gostei bastante dessa postagem. A bem da verdade, os textos aqui postados são educacionais. Tenho prazer em ler esse blogue, pois, a cada visita que faço, me sinto menos angustiado por não me sentir tão sozinho nesse mundo onde reinam o egocentrismo e a autopromoção e, com isso, um esforço paranoico da grande maioria das pessoas de se enquadrarem dentro desses “valores” da pós-modernidade. (Um analfabeto letrado, certamente, vai kestionar pq escrevi: “me sinto” e não optei pela colocação pronominal enclítica. É muito mais natural dizer: “Fiz porque quis” do que “Fi-lo porque qui-lo”)

Percebo, na maioria dos blogues q visito, que o objetivo dos autores é sua autopromoção. É fácil perceber isso. É só analisar a linguagem e não o estilo redacional. As principais funções da linguagem são informar e estabelecer relacionamentos.

Quanto aa postagem, veja o excerto abaixo de um texto que redigi há algum tempo intitulado: Educação em Ação: estratégia e perspectivas interdisciplinares em prol da cidadania. Nesse excerto, faço um comentário sobre o banalização da cultura de massa. Leiamo-lo:

“Outra esfera de atividades profícuas do capitalismo selvagem é a hilariante e atrativa face da indústria cultural. Esta, muito ávida por operações comerciais, promove uma verdadeira banalização da cultura de massas. Entende-se por cultura de massas ou popular produtos como televisão, cinema, rádio, música, dança, moda, arte e literatura. Segundo os pensadores da Escola de Fankfurt, a banalização da cultura destinada às grandes massas populares é uma estratégia utilizada pela elite, detentora dos meios de divulgação, com o objetivo de impedir o desenvolvimento intelectual das pessoas, tornando-as mais fáceis de serem manipuladas e servirem a seus propósitos”.

Gilmar Henrique
Nacoruja1.blogspot.com

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Nota do secretário de cultura da Paraíba

O secretário de Estado da Cultura da Paraíba, Chico César, emitiu nota nesta segunda-feira (18/04/2011), esclarecendo que o objetivo do Governo não é proibir ou impedir que eventos sejam organizados com tendências musicais diversas, mas sim, direcionar os recursos públicos para incentivar o fortalecimento e o resgate da cultura paraibana e nordestina.

 Abaixo segue na íntegra a nota do secretário:
 Tem sido destorcida a minha declaração, como secretário de Cultura, de que o Estado não vai contratar nem pagar grupos musicais e artistas cujos estilos nada têm a ver com a herança da tradição musical nordestina, cujo ápice se dá no período junino. Não vai mesmo. Mas nunca nos passou pela cabeça proibir ou sugerir a proibição de quaisquer tendências. Quem quiser tê-los que os pague, apenas isso. O Estado encontra-se falto de recursos e já terá inegáveis dificuldades para pactuar inclusive com aqueles municípios que buscarem o resgate desta tradição. 

São muitas as distorções, admitamos. Não faz muito tempo vaiaram Sivuca em festa junina paga com dinheiro público aqui na Paraíba porque ele, já velhinho, tocava sanfona em vez de teclado e não tinha moças seminuas dançando em seu palco. Vaias também recebeu Geraldo Azevedo porque ele cantava Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro em festa junina financiada pelo governo aqui na Paraíba, enquanto o público, esperando a dupla sertaneja, gritava “Zezé cadê você? Eu vim aqui só pra te ver”. 

Intolerância é excluir da programação do rádio paraibano (concessão pública) durante o ano inteiro, artistas como Parrá, Baixinho do Pandeiro, Cátia de França, Zabé da Loca, Escurinho, Beto Brito, Dejinha de Monteiro, Livardo Alves, Pinto do Acordeon, Mestre Fuba, Vital Farias, Biliu de Campina, Fuba de Taperoá, Sandra Belê e excluí-los de novo na hora em que se deve celebrar a música regional e a cultura popular”.
 
Chico César
Secretário de Estado da Cultura"



domingo, 22 de maio de 2011

Segurança no Mossoró Cidade Junina e insegurança em Mossoró

É muito triste constatar o que é prioridade para os políticos que comandam nossa cidade.

Basta verificarmos o investimento que é feito na segurança do Mossoró Cidade Junina e compararmos com o que vem sendo feito para garantir a segurança da população e garantir o seu direito de ir e vir.

De acordo com matéria publicada no Jornal O Mossoroense 

"O tenente-coronel Túlio César Alves de Oliveira, comandante do Segundo Batalhão da Polícia Militar de Mossoró (2º BPM), disse que para este ano será disponibilizado diariamente 500 policiais militares para trabalhar no evento."

500 policiais militares para garantir a segurança na festinha da prefeita!

Onde estão esses policiais quando somos abordados na porta da nossa casa, em plena luz do dia, por marginais dispostos a matar por qualquer motivo, ou quando um pai de família e assassinado covardemente dentro de seu próprio quarto?

Gostaria de ver alguns desses policiais aqui no Costa e Silva, garantindo a segurança dos cidadãos de bem que estão presos enquanto os marginais transitam livremente pelas ruas esperando pela oportunidade de cometer mais um crime.

Para finalizar: Tem gente por aí dizendo que essa operação policial que começou nessa sexta-feira está mantendo um clima de tranquilidade na cidade. 

Ledo engano.

Neste fim de semana, continuam acontecendo assaltos, tentativas de homicídio e homicídios, como já se tornou rotina em Mossoró.
Gostaria muito de saber o que a Prefeita pensa a respeito dessa onda de violência que varre Mossoró.

sábado, 21 de maio de 2011

Que mundo é esse?

De tanto ver triunfar as nulidades e ver prosperar a desonra, crescer a injustiça, agigantar-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, rir-se da honra e ter vergonha de ser honesto.

Ruy Barbosa.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Honda demite 400 funcionários da fábrica em Sumaré

O corte foi provocado pelo terremoto que atingiu a matriz no Japão, em março deste ano, e reduziu fornecimento de peças para o Brasil.

Os trabalhadores estão em greve há uma semana e pretendem manter a paralisação. "O trabalhador não pode pagar pelo problema do desastre natural, que afeta todas as fábricas do grupo", disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região, Jair dos Santos.

"Vamos continuar em greve até que a empresa discuta outra alternativa que não seja as demissões."

O diretor da Honda do Brasil, Paulo Takeuchi, explicou que um dos três turnos de trabalho será suspenso, o que resultará em excedente de 1,2 mil trabalhadores. "Vamos continuar negociando para encontrar alternativa para os outros excedentes (800 trabalhadores), para que não ocorram mais demissões."

Fonte: O Estado de S.Paulo


Nota do blog: Em empresas modernas como a própria Honda, é comum o discurso de que o trabalhador deve vestir a camisa da empresa para que a empresa e o trabalhador progridam juntos. Se trabalhadores e patrões devem atuar como parceiros, porque, em momentos de crise, a primeira coisa que o patrão faz é demitir trabalhadores?

Acordem trabalhadores! Vocês só têm algum valor enquanto podem gerar lucros para os patrões.

A blindagem do crime econômico

O Senado Federal aprovou, em 7 de abril, o substitutivo ao Projeto de Lei nº 111, de 2008, da Câmara dos Deputados, que altera dispositivos do Código de Processo Penal (CPP) relativos a medidas cautelares como a prisão processual, a fiança e a liberdade provisória. A proposta, que na Câmara tramitou sob o número 4.208, cria medidas alternativas à prisão preventiva - mantida, porém, a prisão especial para autoridades e determinados profissionais.
 
O texto, que agora depende apenas da sanção da presidente Dilma Rousseff para entrar em vigor após 60 dias, consagra, no que se refere aos presos, o monitoramento eletrônico mediante concordância, a proibição de frequentar determinados locais ou a de se comunicar com certas pessoas e o recolhimento em casa durante a noite e nos dias de folga. A prisão, de fato, só se aplicará aos crimes considerados "de maior potencial ofensivo", ou seja, aos crimes dolosos com pena superior a quatro anos ou nos casos de reincidência. Além disso, o projeto aprovado amplia os casos de concessão de fiança.

Alardeia-se que essas alterações no Código de Processo Penal diminuiriam o índice de presos provisórios existentes no país, que hoje chegaria a 44% da população carcerária atual. De fato, sua aprovação afastaria a possibilidade de prisão nos casos de crimes graves consumados, como o crime de quadrilha ou bando; autoaborto; lesão corporal dolosa, ainda que grave; maus tratos; furto; fraude; receptação; abandono de incapaz; emprego irregular de verbas públicas; resistência; desobediência; desacato; falso testemunho e falsa perícia; todos os crimes contra as finanças públicas; nove dos dez crimes de fraudes em licitações (o remanescente tentado), contrabando ou descaminho.

Com a vigência da norma, a prisão estará praticamente inviabilizada no país.

O projeto aprovado no Congresso Nacional também prevê o descabimento da prisão nos crimes tentados de homicídio, ainda que qualificado; infanticídio; aborto provocado por terceiro; lesão corporal seguida de morte; furto qualificado; roubo; extorsão; apropriação indébita, inclusive previdenciária; estupro; peculato; corrupção passiva, advocacia administrativa e concussão; corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Também estariam afastados da prisão os autores de crimes ambientais e de colarinho branco - sejam consumados ou tentados - e ainda parte dos crimes previstos na Lei de Drogas, inclusive os casos de fabricação, utilização, transporte e venda tentados.

Em outras palavras, a prisão estará praticamente inviabilizada no país, já que se exige a aplicação, pelo juiz, de um total de nove alternativas antes dela, restringindo-a sensivelmente. O legislador resolveu "resolver". O crime econômico e financeiro, em quase toda a sua extensão, ficou de fora. Aos olhos do legislador, o crime econômico não seria grave. Seria correta a concretização de um garantismo que nem o jurista e filósofo italiano Luigi Ferrajoli seria capaz de idealizar? Seria o direito penal do amigo? Por outro lado, o Congresso manteve a prisão em condições especiais para autoridades e para os detentores de diploma de curso superior. Temeu excesso de poder - preocupação, aliás, que não se observa para os que não detenham a benesse processual.

Se o projeto aprovado for sancionado e se tornar lei, vislumbra-se um processo penal de secessão, que representará um meio certo de alcançar um resultado, longe, no entanto, de constituir um instrumento legítimo. Trabalhar-se-ia com a ideia de que se não é bem entendido, não se reage, consuma-se e fulmina-se. O argumento de que "sempre foi assim" não pode paralisar o indivíduo e a sociedade e instrumentalizar o legislador. Exige-se uma forma de agir que nasça no âmbito de cada um, refletindo no tecido social e político, no qual "servir" dê o tom e não "ser servido". Deferência aos atributos de honestidade, exemplaridade e respeito.

A democracia concretiza-se apenas quando quem toma decisões o faz em nome do interesse de todos. Educação, consciência cívica e cultura da licitude hão de ser a base para a virada real do país rumo ao futuro que desejamos, no qual as pessoas tomam a luta para si e sirvam de exemplo. Um lugar onde aves de rapina não mais encontrarão farelos humanos. O progressivo entendimento passa a ser senso comum. Aí sim a prisão cautelar encontrará o tratamento necessário. Um instrumento que, embora lamentável, é útil. E, principalmente, destinado aos graves crimes sem exceção, sujeitando todas as pessoas, independentemente do status econômico, social ou político.

Texto do Desembargador Fausto M. De Sanctis


quarta-feira, 18 de maio de 2011

Enquanto a população de Mossoró é massacrada a prefeita faz festa

Há cerca de uma hora, aconteceu mais um assassinato na cidade de Mossoró (provavelmente o de número 81).

Desta vez o crime aconteceu próximo a minha residência.

Do interior da minha residência cheguei a ouvir o barulho de tiros e alguém gritar: "chame a polícia".

Corri para o telefone e passei cerca de 15 minutos ligando para o 190. 

Ninguém atendia. O telefone só dava sinal de ocupado.

Liguei para o 197 (polícia civil).

Ao invés de procurar saber qual era o problema, o funcionário só se perocupou em dizer que eu deveria ligar para o 190.

Informei que estava fazendo isso há muito tempo mas ninguém atendia.

Ele insistiu para que eu voltasse a ligar e que eles iriam atender. Segundo esse funcionário a dificuldade no atendimento se devia ao fato de que "eles estavam jantando".

se isso for verdade, é um verdadeiro absurdo.

Voltei a ligar para o 190, mas ninguém atendia.

Saí a rua e soube que um morador havia sido atingido por um tiro no peito. Um desespero total.

Voltei a ligar para o 197, desesperado, e, depois de dizer que havia alguém baleado, o funcionário pegou o endereço e disse que iria enviar uma viatura.

Infelizmente, a viatura da polícia e a ambulância do SAMU nada puderam fazer, pois o bandido já havia fugido e o senhor que foi atingido pelo tiro faleceu em sua própria residência.

Mais uma família foi destruída pela violência da nossa cidade, com a complacência das autoridades.

Essa é a dura realidade do bairro Costa e Silva.

Os moradores vivem presos em suas residências, assombrados pelos bandidos que circulam pelas ruas a espera de uma oportunidade para cometer mais um crime.

E o pior de tudo é que ninguém faz nada.

Não há uma viatura sequer que passe pelo bairro fazendo uma ronda.

Enquanto a população da Mossoró é massacrada por esses bandidos, a prefeita organiza sua festinha junina e finge que nada está acontecendo.

Estou com muito medo.

Acho que vou seguir o conselho da minha mãe e sair desse bairro enquanto ainda estou vivo, pois não acredito que essa violência irá parar.

Ao que parece, as pessoas que administram a cidade de Mossoró e o Estado do Rio Grande do Norte não têm capacidade nem interesse em resolver esses problemas.

Povo de Mossoró, nós estamos pagando caro por escolhermos tão mal os nossos representantes. 

Desculpem pelo desabafo. Apesar de já ter tido minha residência arrombada em plena luz do dia há poucos meses, nunca vivenciei uma situação como essa e estou muito angustiado com a situação dessa família.

O fim da educação

Por Nelson Pretto* .

A vida de pesquisador nas universidades está ficando cada dia mais estranha. Quando comecei minha vida acadêmica no Instituto de Física
da Universidade Federal da Bahia, recebi logo na chegada um lugarzinho, uma sala com ar condicionado, escrivaninha, cadeira, máquina de datilografar, um telefone - que na verdade não funcionava lá muito bem! -, papel e caneta. Os livros estavam na biblioteca ou os comprávamos, porque também não se publicava tanto quanto hoje.

Dividia a sala com mais um colega e, dessa forma, fazia minhas pesquisas sobre o ensino de ciências e dava aulas na graduação.

Depois, passei a integrar o corpo docente da pós-graduação em Educação e, também por lá, sem nenhum luxo e bem menos infra, tinha as condições mínimas para pesquisar sobre a qualidade dos livros didáticos, campo inicial de pesquisa na minha vida universitária.

O tempo foi passando e a universidade foi se especializando no seu novo jeito de ser. Foi crescendo e ganhando força a pós-graduação, apareceram os grupos de pesquisas que passaram a ser cadastrados no CNPq, surgiu o Currículo Lattes - o Orkut da academia -, a CAPES intensificou a avaliação da pós-graduação e... a guerra começou.

Com as demandas para a pesquisa cada dia sendo maiores e o com os recursos minguando (o Brasil investe em C&T apenas 1,2% do PIB enquanto os Estados Unidos, por exemplo, investem 2,7%), a avaliação da produtividade - palavrinha estranha no campo da pesquisa científica, não?! - ganha corpo, no Brasil e no mundo. "Publicar ou perecer" virou o mantra de todo professor-pesquisador. Mais do que isso, nas universidades não temos mais aquelas condições básicas dadas pela própria instituição já que, de um lado, ela foi perdendo cada vez mais seu orçamento de custeio e, de outro, as demandas aumentaram muito uma vez que, mesmo na área das Humanas, necessitamos de muito mais tecnologia. Por conta disso, temos que, literalmente, "correr atrás" de recursos através dos chamados editais. Assim, cada grupo de pesquisa vive em função de sua capacidade de captação de recursos - quem diria que estaríamos falando assim, não é?! - e transformaram-se em verdadeiros setores administrativos nas universidades. Demandam secretários, contadores (esses, seguramente, os mais importantes!), administradores, bibliotecários, constituindo-se em um verdadeiro aparato burocrático para dar conta das cobranças formais de cada um destes editais e de suas famigeradas prestações de contas.

Pois quando pensamos que já estávamos no limite, e os colegas Waldemar Sguissardi e João dos Reis da Silva Jr com o seu "O trabalho intensificado nas Federais" mostraram bem o fundo do poço, sabemos através do colega Manoel Barral-Neto no seu blog "Sciencia totum circumit orbem" que pesquisadores chineses estão recebendo um "estímulo" equivalente a 50 mil reais para publicar suas pesquisas nas revistas de "alto impacto" científico, a exemplo da Science. Nos comentários que se seguiram ao texto, tomamos conhecimento com a postagem de Renato J. Ribeiro que a Universidade Estadual Paulista (UNESP) está dando um prêmio de cerca de R$ 15 mil para quem publicar na Science ou Nature, duas revistas de alto "fator de impacto".

Também de São Paulo outra noticia veio à tona recentemente: o resultado da última avaliação realizada pelo Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) apontou que os estudantes não se deram muito bem na avaliação de 2010. É com base no rendimento dos alunos que os professores da rede estadual paulista recebem uma gratificação - um bônus - no seu salário, num esquema denominado "pagamento por performace", implantando no Estado supostamente para "estimular" a melhoria da educação paulista. O que se viu com os últimos resultados é que essa estratégia não funcionou.

E não funcionou porque esse não pode ser o foco da avaliação da educação. A educação, em todos os níveis, precisa ser fortalecida, mas não como o espaço da competição e sim como um espaço de formação de valores, da colaboração e da ética. Em qualquer dos seus níveis, a educação precisa ser compreendida como um direito de todo o cidadão e que não pode ser trocada por uns trocados.

Lembro Milton Santos: "essa ideia de que a universidade é uma instituição como qualquer outra, o que inclui até mesmo a sua associação com o mercado, dificulta muito esse exercício de pensar".
 
De fato, com um dinheirinho extra por cada publicação, com um novo edital disponível para o próximo projeto, com a avaliação da CAPES na pós-graduação batendo às portas, deixando todos de cabelo em pé, e com a lógica do "publicar ou perecer", parece que estamos chegando perto do fim da universidade enquanto espaço do pensar e do criar conceitos.

Viramos, pura e simplesmente, o espaço da reprodução do instituído.

E isso é, no mínimo, lamentável. Na verdade, é o próprio fim da educação.

*Nelson Pretto é professor Associado da Faculdade de Educação da UFBA

Nota do blog: Espero que esse texto chegue aos olhos das pessoas que comandam a pesquisa em nosso país e, especialmente, no IFRN, bem como de todos aqueles que batem palmas para os famigerados editais de "produtividade" que, ao invés de estimular a produção de pesquisa de qualidade, estimulam o individualismo e a falta de lealdade entre pessoas que deveriam atuar como parceiros em busca do nobre objetivo de melhorar a qualidade da educação em nosso país.

colaboração de Wagner Torquato.

Que festa é essa?

De acordo com o blog do Pedro Carlos "Todas as atividades do Mossoró Cidade Junina são gratuítas, com segurança e comodidade."

Segurança?

Comodidade?

Será que a população de Mossoró já esqueceu todas as brigas e até as trocas de tiros que ocorreram na estação das artes?

terça-feira, 17 de maio de 2011

Presídio de Natal tinha "cantina" para venda de drogas e bebidas

O refeitório da Penitenciária Estadual Parnamirim, em Natal (RN), estava servindo de "cantina" para venda de drogas, bebidas alcoólicas e aparelhos de telefonia celular. Foi o que ficou constatado em uma vistoria surpresa da direção da unidade prisional, na madrugada da última sexta-feira (13).

Foram apreendidos três tabletes de maconha prensada, oito litros de uísque em garrafas pet, além de três telefones celulares, quatro carregadores de bateria e uma faca – escondida num dos tabletes da droga.
 
Segundo a Polícia Civil, cinco agentes penitenciários estão sendo investigados por envolvimento no caso. “Se ficar comprovada a participação, eles responderão por tráfico de drogas”, informou o delegado responsável pela investigação, Odilon Teodósio dos Santos Filho. O nome dos agentes penitenciários acusados não foi divulgado para não atrapalhar as investigações.

O delegado estima que uma tonelada de drogas seja traficada dentro das unidades prisionais do Rio Grande do Norte. “Se partimos da lógica de que num dia encontram-se três quilos de drogas, em 30 dias são cerca de cem quilos, e, em todo o sistema, mil quilos”, disse ele, destacando que o preço de um quilo de maconha custa, dentro dos presídios, entre R$ 3 mil e R$ 3,5 mil.
 
Os cinco agentes penitenciários responsáveis pelo plantão da sexta-feira (13) estão sendo investigados por facilitar a entrada do material na penitenciária. Eles já foram interrogados, mas, segundo o delegado, foram liberados por falta de provas.

“Os indícios são muito fortes de envolvimento dos agentes, pois os presos já estavam recolhidos quando o material foi encontrado. Já colhi depoimento dos cinco, mas por falta de provas tive de liberá-los. Tenho certeza de que existe corrupção dentro dos presídios de Natal e de todo o Brasil", disse Santos.

Fonte: UOL Notícias

segunda-feira, 16 de maio de 2011

presidente do FMI é acusado de tentativa de estupro

Um porta-voz da polícia de Nova York, Paul Browne, disse à BBC que as acusações foram feitas por uma mulher de 32 anos de origem africana que trabalha como camareira no hotel Sofitel, perto de Times Square, onde o chefe do FMI estava hospedado.

Ela disse que o hóspede saiu nu do banheiro enquanto ela limpava a suíte de luxo do hotel, que custa US$ 3 mil por noite.


"Recebemos uma denúncia de que uma camareira em um hotel no centro de Manhattan tinha sido abusada sexualmente pelo ocupante de uma suíte de luxo naquele hotel, e que este indivíduo tinha fugido", Browne disse à BBC.


"A camareira disse ter sido atacada violentamente, trancada no quarto e abusada sexualmente", disse ele.

Segundo testemunhas que estavam no hotel, Strauss-Kahn deixou o local às pressas, esquecendo seu telefone celular e outros pertences pessoais.

Ele teria então ligado do aeroporto para a recepção do hotel, pedindo que o aparelho fosse devolvido, mas a polícia já havia sido acionada no caso e equipes foram mandadas para o JFK.

"Nossos investigadores pediram às autoridades aeroportuárias que impedissem o avião de partir, foram até o aeroporto e o levaram sob custódia", afirmou Browne.

"Se tivéssemos demorado mais dez minutos, ele já estaria voando a caminho da França", disse.

Segundo Browne, a camareira foi atendida em um hospital para o tratamento de pequenos ferimentos. Mais tarde, ela identificou o ex-ministro das finanças francês como o homem que a teria atacado.

Strauss-Kahn não tem imunidade diplomática e estava em Nova York por motivos particulares.
 

Fonte: UOL Notícias 

domingo, 15 de maio de 2011

funerárias em festa

Neste domingo foi registrado o 79o homicídio na cidade de Mossoró.

Quem está fazendo a festa são os donos de funerárias. Eles nunca venderam tanto.

É a violência estimulando o crescimento econômico de nossa cidade.

Enquanto a população vira refém da bandidagem as autoridades não fazem nada sério para resolver o problema.

Desde que assumiu o governo Rosalba só sabe reclamar do governo anterior.

A população espera por mais do que isso Rosalba. Já passou da hora de começar a trabalhar.

Onde está o "governo da reconstrução"?

sábado, 14 de maio de 2011

PL 122, de 2006

Hoje pela manhã pude assistir ao pastor Silas Malafaia destilar todo o seu veneno contra os homossexuais.

O pastor considera que o relacionamento homoafetivo é pecado e afirma que critica o pecado e não o pecador. Porém, as duras críticas e as provocações ao movimento GLBT não deixam dúvidas de que o pastor não consegue separar o "pecado" do "pecador".
 
De forma histérica, o pastor bradava contra o PL 122, também conhecido como lei contra a homofobia, por criminalizar atos de discriminação contra homossexuais, assim como é feito contra atos de racismo.

Atendendo aos pedidos de Silas Malafaia, este blog resolveu publicar o PL 122, que trata, entre outras coisas, da criminalização da homofobia.

Projeto de Lei da Câmara 122, de 2006

Altera a Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, e o § 3º do art. 140 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, para punir a discriminação ou preconceito de origem, condição de pessoa idosa ou com deficiência, gênerosexo, orientação sexual ou identidade de gênero, e dá outras providências.

Art. 1º A ementa da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, passa a vigorar com a seguinte redação: “Define os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, origem, condição de pessoa idosa ou com deficiência, gênero, sexo, orientação sexual ou identidade de gênero.” (NR)

Art. 2º A Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, passa a vigorar com as seguintes alterações:

Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, origem, condição de pessoa idosa ou com deficiência, gênero, sexo, orientação sexual ou identidade de gênero.” (NR)

Art. 8º Impedir o acesso ou recusar atendimento em restaurantes, bares ou locais semelhantes abertos ao público.
Pena: reclusão de um a três anos.
 
Parágrafo único: Incide nas mesmas penas aquele que impedir ou restringir a expressão e a manifestação de afetividade em locais públicos ou privados abertos ao público de pessoas com as características previstas no art. 1º desta Lei, sendo estas expressões e manifestações permitida às demais pessoas.(NR)

Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, origem, condição de pessoa idosa ou com deficiência, gênero, sexo, orientação sexual ou identidade de gênero.
Pena: reclusão de um a três anos e multa.”
(NR)

Art. 3º O § 3º do art. 140 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, passa a vigorar com a seguinte redação:
 
§ 3º Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem, condição de pessoa idosa ou com deficiência, gênero, sexo, orientação sexual ou identidade de gênero:
………………………………………………………”
(NR)

Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
 Este texto é o que tem prioridade na votação. É o substituto apresentado pela Senadora Fátima Cleide em outubro de 2009.

Fonte: site do Senado

A relatora atual a Senadora Marta Suplicy emitiu parecer favorável ao PLC122 e pedindo a inclusão do seguinte artigo:
§ 5º O disposto no caput deste artigo não se aplica à manifestação pacífica de pensamento decorrente de atos de fé,fundada na liberdade de consciência e de crença de que trata o inciso VI do art. 5º da Constituição Federal.” (NR)

Não consigo ver nada preocupante neste projeto de lei, mas acho que cada um deve tirar suas conclusões.

Além disso, se homossexualidade for percado, que cada homossexual responda ao seu deus e não a Silas Malafaia e sua turma de fundamentalistas cristãos.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

A coragem do SBT

Na noite desta quinta-feira (12/05) o SBT mostrou o primeiro beijo lésbico da televisão brasileira.

O beijo aconteceu entre as personagens Marcela (Luciana Vendramini) e Mariana (Giselle Tigre).



A poderosa Globo sempre se acovardou diante dessa possibilidade, preocupada com a reação do público conservador.

Como prêmio pela coragem de exibir a cena que, na verdade, reflete algo bastante comum em nossa sociedade,  a audiência da novela "Amor e Revolução" (SBT) quase dobrou na noite desta quinta-feira. 

A novela, que vinha com média de 5 pontos de audiência, teve pico de 9 pontos.

É importante ressaltar que a novela amor e revolução também tem o mérito de discutir um período negro da nossa história: o período da ditadura militar.
Com depoimentos marcantes ao final de cada capítulo, a novela revela para as novas gerações o vergonhoso papel desempenhado pelas forças armadas do Brasil durante esse período, fazendo uso de torturas e assassinatos para atender aos interesses de uma pequena elite nacional subserviente aos interesses dos Estados Unidos da América.

A mediocridade dá votos

Ao defender a ideia de que a educação para uma convivência respeitosa diante da diversidade de orientações sexuais irá estimular as crianças a se tornarem homossexuais, o deputado Jair Bolsonaro revela toda a sua ignorância acerca da temática, bem como a sua incapacidade de respeitar formas de existência diferentes da sua.



Infelizmente muitas pessoas ainda perdem o seu tempo discriminando formas de expressão da sexualidade que divergem daquilo que é apresentado em textos religiosos.
Quando o assunto é a sexualidade humana, vemos surgir no Brasil uma expressão do fundamentalismo religioso tão criticado quando se fala na cultura do Oriente Médio.

É nesse filão de eleitores que Jair Bolsonaro está interessado.

Incapaz de utilizar seu mandato para oferecer contribuições significativas acerca de temas relevantes para o desenvolvimento do País, o intolerante deputado Jair Bolsonaro se agarra com unhas e dentes a um discurso homofóbico e preconceituoso, confiando  no fato de que uma parcela significativa da população também é preconeituosa para garantir sua permanência como deputado. 

quinta-feira, 12 de maio de 2011

A força da intolerância: evangélicos barram votação de projeto contra a homofobia

A pressão da bancada evangélica impediu a votação do projeto de lei complementar 122/06 que criminaliza os atos de homofobia. Ele seria votado nesta manhã na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado. Em uma sessão que ao final contou com troca de xingamentos e ofensas entre o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) e a senadora Marinor Brito (PSOL-PA), o projeto foi retirado de pauta sem previsão de retorno.

Representantes da Frente Parlamentar Evangélica presentes à sessão pediram o adiamento alegando que devem ser realizadas audiências públicas, porque ele não teria sido suficientemente discutido no Congresso. "Precisamos debater à exaustão, sem privilegiar ninguém. Há pelo menos 150 milhões de brasileiros que não foram ouvidos", disse o senador Magno Malta (PR-ES).

O projeto de autoria da ex-deputada Iara Bernardi (PT-SP) tramita há dez anos no Congresso e somente em 2006 foi aprovado no plenário da Câmara. Relatora do projeto na CDH, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) queria tentar aprovar o seu parecer até a próxima semana, a tempo das comemorações do Dia Nacional de Combate à Homofobia, no próximo dia 17, que vão movimentar a Esplanada em Brasília.

Marta chamou a atenção para esse momento "de maior compreensão e humanidade" que se estabeleceu no País, a partir do recente julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que estendeu às uniões entre pessoas do mesmo sexo os mesmos direitos e deveres dos casais heterossexuais. "O Judiciário se pronunciou sobre um assunto que há 16 anos o Congresso não consegue se pronunciar", completou a petista. "Esse projeto tem a ver com tolerância, respeito e cidadania, vai ajudar a diminuir a violência contra homossexuais", concluiu.

A proposta modifica a Lei de Racismo para criminalizar também os atos de homofobia, estendendo a eles as mesmas punições impostas aos crimes de preconceito racial. O projeto pune com reclusão de um a três anos condutas discriminatórias, como recusar o atendimento a gays em bares e restaurantes e reprimir trocas de afeto em locais públicos, como beijos ou abraços.

O item mais polêmico pune com prisão, de um a três anos, e multa aqueles que induzirem ou incitarem a discriminação ou preconceito contra os homossexuais. A avaliação é de que padres e pastores serão proibidos de pregar contra a homossexualidade nas igrejas e templos religiosos. Na sessão desta manhã, integrantes da bancada evangélica pregaram adesivos na boca em protesto, alegando que o projeto reprime a liberdade de expressão deles.

Para atender às reivindicações da bancada evangélica, Marta incluiu uma emenda permitindo que todas religiões e credos exerçam sua fé, dentro de seus dogmas, desde que não incitem a violência. "O que temos na fé é o amor e o respeito ao cidadão. Me colocaram que o problema não era intolerância nem preconceito, mas liberdade de expressão dentro de templos e igrejas. O que impede agora a votação? O que, além da intolerância, do preconceito, vai impedir a compreensão dessa lei?", questionou Marta.

Na saída da sessão, durante uma entrevista coletiva de Marta aos jornalistas, o deputado Jair Bolsonaro e a senadora Marinor Brito trocaram xingamentos e ofensas mútuas. Bolsonaro exibia uma cartilha do Ministério da Educação (MEC), expondo o Plano Nacional de Promoção à Cidadania LGBT, que ele considera moralmente ofensivo à sociedade. Exaltada, Marinor deu um tapa no livreto e chamou o deputado de "criminoso". Bolsonaro retrucou chamando-a de "heterofóbica" e ambos partiram para a discussão.

Fonte: UOL notícias

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Recado para a Secretária de Educação do RN

"Não me comove, não me sensibiliza nem um pouco argumentos de ordens orçamentárias. O que me sensibiliza é a questão da desigualdade intrínseca que está envolvida. Duvido que não haja um grande número de categorias de servidores, que não esta, que tenha rendimentos de pelo menos 10, 12, até 15 vezes mais que esse piso"
 
 
Ministro Joaquim Barbosa, do STF, sobre o piso salarial dos professores

Educação: Estados do Nordeste aderem à paralisação nacional

A rede de ensino público dos estados de Bahia, Pernambuco, Sergipe, Piauí e Ceará está sem aulas nesta quarta-feira (11). A paralisação é organizada pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) e ocorre também em outros estados do País.

Entre as reivindicações está o pagamento do piso salarial nacional, de cerca de R$ 1,6 mil, e a aprovação ainda neste ano do PNE (Plano Nacional de Educação), que prevê 10% do PIB para a educação pública até 2014. A proposta do MEC é de 7% até 2020.

Com atos públicos e assembleias em diversos estados, os manifestos requerem também mudanças em nível local.

O Sintepe (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco), por exemplo, pede o aumento do percentual do vale-refeição, gratificação de 20% do salário para professores em sala de aula e 50% de acréscimo àqueles com ensino superior.

No Piauí, os professores querem, entre outras mudanças, o pagamento retroativo relativo a janeiro e fevereiro da diferença do piso salarial reivindicado. Já no Ceará, os pedidos incluem maior segurança nas escolas. Nesse estado, o Apeoc (Sindicato dos Professores do Estado do Ceará) conta com o apoio de profissionais da saúde pública nos protestos.

Fonte: UOL Educação 

Nota do blog: É importante lembrar que aqui no RN os professores já estão em greve há mais de uma semana, lutando por um piso que o próprio Supremo Tribunal Federal já afirmou que é legítimo e que a Governadora reluta em implantar afirmando que não tem dinheiro para isso.

é interessante constatar que o mesmo RN paga salários altíssimos para outras categorias como, por exemplo, os fiscais do Estado e toda a turma do poder judiciário.

Se existe uma forma de garantir bons salários para toda a turma do judiciário, porque não é possível pagar esse piso ridículo para os professores?

Com a palavra, a Governadora.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Respeito à diversidade

O Brasil está dando uma aula de respeito à diversidade com a decisão do Supremo Tribunal Federal de reconhecer a união estável entre casais homossexuais. É daquelas decisões que chamam a atenção mundial para os avanços de um país.

Um dos fatores, entre vários, para entender por que um país católico, onde os políticos temem as igrejas, chegou tão longe tem a ver com a Parada Gay, lançada na avenida Paulista. A parada trouxe milhões de pessoas para uma única manifestação, mais do que o Dia do Trabalho, por exemplo. Em nenhum lugar se junta tanta gente para afirmar um direito. Nada parecido existe em cidades gays como Nova York ou São Francisco.

De São Paulo, esse tipo de manifestação, embora com menor força, se expandiu para outras cidades. Formou-se, então, uma visão palpável de uma comunidade forte e que deveria ser levada em conta.

A parada gay, que começou cercada de deboche, mostrou que, com alegria e descontração, se produzem resultados sérios.

Fonte: Folha.com

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Os xerifes do mundo anunciam a morte de Osama Bin Laden

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, confirmou a morte de Osama bin Laden, acusado pelos americanos de ser o líder da rede terrorista da al-Qaeda e responsável pelos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 nos EUA, que mataram cerca de 3.000 pessoas.



Usando a "guerra ao terror" como desculpa, os EUA destruiram o Iraque, mataram Saddam Russein, apenas para obter o petróleo necessário para que a máquina de consumo americana continuasse funcionando.

Os EUA espalharam a morte pelo oriente médio e agora comemoram a morte de Osama Bin Laden como um feito heróico.

É óbvio que essa etupidez não irá parar com a morte de Bin Laden.
O próprio diretor da CIA, Leon Panetta, disse que a rede terrorista da al-Qaeda deve "quase certamente" tentar vingar a morte de Bin Laden.

"Apesar de Bin Laden estar morto, a al-Qaeda não está", disse o diretor da principal agência de espionagem dos EUA. "Os terroristas quase certamente vão tentar vingá-lo, e nos devemos -e vamos- permanecer vigilantes e resolutos."

Diante de tantas guerras por dinheiro e poder fica a constatação: A humanidade recebeu um mundo de presente e ainda não aprendeu o que fazer com ele. Pobre do mundo que se deixa liderar por um País como os Estados Unidos da América.

Eu já sabia

Mais uma vez a tradição se cumpriu.


Até parece uma ciência exata: decisão entre Flamengo e Vasco = Flamengo campeão.
 
Mesmo sem jogar um futebol convincente, o Flamengo deu continuidade a velha rotina de ser campeão em cima do Vasco.

Para não deixar nenhuma dúvida acerca de quem domina o futebol carioca, o Flamengo foi campeão invicto, fato que também revela as deficiências do futebol do Rio de Janeiro, já que o time do Flamengo ainda não conseguiu apresentar um padrão de jogo no nível de sua folha salarial.

domingo, 1 de maio de 2011

Perguntas de um Trabalhador que lê

Quem construiu a Tebas de sete portas?
Nos livros estão nomes de reis.
Arrastaram eles os blocos de pedra?
E a Babilônia várias vezes destruída.
Quem a reconstruiu tantas vezes?
Em que casas Da Lima dourada moravam os construtores?
Para onde foram os pedreiros na noite em que a Muralha da China ficou pronta?
A grande Roma esta cheia de arcos do triunfo.
Quem os ergueu?
Sobre quem triumfaram os Cesares?
A decantada Bizancio tinha somente palácios para os seus habitantes?
Mesmo na lendária Atlântida os que se afogavam gritaram por seus escravos na noite em que o mar a tragou.
O jovem Alexandre conquistou a Índia.
Sozinho?
César bateu os gauleses.
Não levava sequer um cozinheiro?
Filipe da Espanha chorou, quando sua Armada naufragou. 

Ninguém mais chorou?
Frederico II venceu a Guerra dos Sete Anos.
Quem venceu alem dele?

Cada página uma vitoria.

Quem cozinhava o banquete?
A cada dez anos um grande Homem.
Quem pagava a conta?

Tantas histórias.

Tantas questões.

Bertold Brecht
Texto fornecido pelo amigo João Bosco.