Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos. Pitágoras

Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos. Pitágoras
“O principal objetivo da educação é criar pessoas capazes de fazer coisas novas e não simplesmente repetir o que as outras gerações fizeram.” Jean Piaget

Número de homicídios em Mossoró no ano de 2013

Até o momento, foram registrados 133 homicídios na metrópole do futuro.
Alguém acredita que nossas autoridades (Prefeita, Governadora, Vereadores etc.) estão preocupadas com isso?

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Em um relacionamento divertido com o conhecimento, a vida, a família e a profissão docente.

domingo, 24 de outubro de 2010

Uma justificativa interessante para o voto em Dilma

O amigo João Bosco me recomendou essa reflexão para publicação no blog.
É uma análise consistente, feita pelo professor Durval Muniz de Albuquerque Júnior, um intelectual que procura justificar a necessidade do voto em Dilma neste segundo turno.
É uma pena que os candidatos não têm sido capazes de promover um debate a altura do texto abaixo.

Um convite à reflexão: dois projetos radicalmente diferentes

Eu, que faço parte da parcela ainda privilegiada de brasileiros que conseguiu concluir um curso superior, não ficaria com a consciência tranqüila se não viesse a público, com o uso daquilo que sei fazer para tentar contribuir no sentido de dar um mínimo de racionalidade a um processo eleitoral que descamba para se tornar uma discussão obscurantista, mistificadora e preconceituosa, sobre temas nomeados genericamente de “valores”, que interessam de perto aos setores mais conservadores e retrógrados da sociedade brasileira, fazendo ressuscitar dos porões das almas e das mentes forças e subjetividades microfacistas. O artigo é de Durval Muniz de Albuquerque Junior, presidente da Associação Nacional de História.
Estamos num momento decisivo da vida brasileira, onde qualquer omissão pode ser imperdoável. Eu, que faço parte da parcela ainda privilegiada de brasileiros que conseguiu concluir um curso superior e fazer uma formação pós-graduada, não ficaria com a consciência tranqüila se não viesse a público, neste momento, com o uso daquilo que sei fazer: refletir, pensar, para tentar contribuir no sentido de dar um mínimo de racionalidade a um processo eleitoral que, muito pela influência de determinados setores da mídia, mas infelizmente também com a participação decisiva de candidaturas como a de José Serra e Marina Silva, descamba para se tornar uma discussão obscurantista, rasteira, mistificadora e preconceituosa, sobre temas e aspectos nomeados genericamente de “valores”, que interessam de perto aos setores mais conservadores e retrógrados da sociedade brasileira, fazendo ressuscitar dos porões das almas, das mentes e do interior da sociedade forças e subjetividades microfacistas.

Dirijo este texto àqueles que fazem parte como eu desta parcela letrada da sociedade, notadamente, daqueles alojados no interior da Universidade, e que, para minha surpresa e decepção, vêm manifestando a intenção de votar em José Serra no segundo turno das eleições. Como estou escrevendo para pessoas que julgo estar sob o império da racionalidade, nem me vou ocupar de rebater os motivos e argumentos apresentados para não se votar em Dilma Rousseff, em uma das campanhas mais sórdidas, mais caluniosas, injuriosas e preconceituosas já levadas a efeito no país, com a participação decisiva do candidato Serra e da mídia golpista que o apóia, a mídia que medrou e engordou durante a ditadura militar, campanha só comparável àquela de 1989, que levou ao poder o queridinho das elites brancas da época: o caçador de Marajás, Fernando Collor, (e todos sabem no que resultou aquela aventura amparada em retórica e práticas tão farisaicas, despolitizadoras e moralistas como as que embasam a atual candidatura tucana).

Embora pareça que para estes meus colegas, de estômagos fortes, não causa repugnância e náusea uma candidatura que explora e incentiva o tradicional desapreço e desprezo das elites brasileiras pelos nossos vizinhos da América Latina, pelos africanos e pelos asiáticos o que fica demonstrado pelos ataques do candidato ao Mercosul, à Unasul, a chefes de Estados de países vizinhos democraticamente eleitos, alguns deles pertencentes a grupos historicamente excluídos naqueles países.
 
Na crítica à política externa do governo Lula mal se disfarçam a xenofobia e o racismo de nossas elites que sempre se julgaram brancas e sempre tiveram os olhos voltados para os Estados Unidos e para a Europa, onde na verdade sempre sonharam em viver; a política externa de FHC, onde o presidente falava inglês e o chanceler como um lacaio tirava os sapatos para passar nas alfândegas dos países desenvolvidos mostra bem isso; uma candidatura que explora o preconceito contra as mulheres, candidatura sexista, machista e misógina, que claramente tenta desqualificar o lugar da mulher na política e que utiliza a velha tática de pôr em suspeita a sexualidade de toda mulher que ousa desafiar os lugares reservados aos homens com a conivência de inúmeras mulheres ditas independentes e feministas entronizadas como comentaristas na mídia, como Maitê Proença que chegou a convocar os “machos selvagens” para nos livrarem de Dilma; ressalte-se ainda o silêncio cúmplice de grandes lideranças intelectuais e políticas feministas ligadas ao PSDB, que deixo de nomear por respeito às suas trajetórias, que não deveriam necessariamente votar em Dilma, mas se posicionarem veementemente contra o tipo de campanha que faz o seu partido.

Este silêncio poderá custar caro às muitas conquistas feitas pelas mulheres. Me pergunto como pode ser que intelectuais deste quilate possam estar silenciosas diante do uso aético e mistificador da questão do aborto pelo candidato tucano, será que uma vitória eleitoral compensa a perda de uma reputação construída durante anos na luta das mulheres?

Ainda está em tempo de romperem o silêncio!; uma candidatura que explora e acirra o preconceito contra os homossexuais ao espalhar em emails apócrifos e criminosos na internet a suspeita de que Dilma seria lésbica (e qual o problema se fosse, sabemos com que órgãos de seu corpo ela exercerá a presidência); uma candidatura que açula o preconceito contra o pobre e o nordestino, que como sempre são tomados pelas nossas elites de classe média como aqueles ignorantes, que não sabem votar, que votam com a barriga e não com o cérebro, mesmo que estejam votando por defenderem a continuidade do governo que de longe foi o que mais beneficiou estas duas populações (porque votar em defesa do Bolsa Família, do Minha Casa Minha Vida, é menos racional que votar em defesa dos lucros exorbitantes conseguidos pelos beneficiários do processo de privatização, inclusive os grandes grupos de mídia e do banqueiro que aposta sempre no Meu Banco, Minha Vida?); uma candidatura que faz das mentiras mais descaradas e das promessas mais fajutas a sua apresentação (toma para si feitos dos outros, copia programas das outras candidaturas, promete fazer o que sempre fez diferente quando esteve no poder).
 
Como o texto é muito longo e não se adapta ao formato do blog, coloquei aqui apenas os parágrafos iniciais.
 
Para ler o texto completo: http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=17067

sábado, 23 de outubro de 2010

Um presente para os mossoroenses

Para a surpresa de todos, a cidade de Mossoró foi presenteada com uma agradável chuva nesta noite de sexta-feira, em pleno mês de outubro.
Mossoró estava mesmo precisando desta chuva, pois o calor estava insuportável.
Pena que nenhuma supresa ocorreu no primeiro turno das eleições em nossa cidade, onde as oligarquias Maia, Rosado e Alves, mais uma vez, deitaram e rolaram.
Mossoró tem dois problemas crônicos: o clima excessivamente árido e a  tirania de algumas oligarquias.
Pelo visto, na nossa querida cidade é muito mais fácil mudar o clima do que a subserviência política.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Eu só quero pagar

A população de Mossoró tem enfrentado enormes dificuldades para pagar suas contas de água e energia elétrica.
A Caixa Econômica e as casas lotéricas deixaram de receber os pagamentos e quem não possui conta no Banco do Brasil tem que enfrentar enormes filas e horários restritos em locais como a farmácia Pague Menos, que oferece uma estrutura precária para o atendimento aos clientes que querem efetuar o pagamento dessas contas.
É inacreditável que empresas como a CAERN e a COSERN não ofereçam condições adequadas para que seus clientes paguem pelo serviço prestado.
Eu não estou pedido nenhum favor. Apenas quero poder pagar minhas contas sem perder horas em uma fila.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Dilma assina compromisso contra o aborto

BRASÍLIA - Alvejada por mensagens na internet e cobrada por movimentos religiosos a se posicionar sobre temas como aborto e casamento entre homossexuais, a candidata à presidência pelo PT Dilma Rousseff, divulgou mensagem a religiosos, nesta sexta-feira, para tentar, nas palavras dela, 'pôr um fim definitivo à campanha de calúnias e boatos' espalhados pelos adversários. A mensagem foi entregue a parlamentares e líderes religiosos apoiadores da campanha petista para ser distribuído nas igrejas e cultos.

No texto, Dilma é enfática ao negar ser favorável ao aborto, mas evita entrar no debate sobre casamento entre homossexuais. Uma das cobranças feitas a ela na quarta-feira, em encontro com Evangélicos, era de que se comprometesse por escrito a não enviar ao Congresso projetos de lei que permitam o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A carta assinada por ela ontem, no entanto, faz promessas genéricas.

'Eleita presidente da República, não tomarei a iniciativa de propor alterações de pontos que tratem da legislação do aborto e de outros temas concernentes à família e à livre expressão de qualquer religião no País', afirma. Além da resistência de Dilma em assinar a carta, a avaliação da campanha é foi de que, ao se posicionar contra o casamento entre homossexuais, a candidata corre risco de perder mais votos do que ganhar.

'Sou pessoalmente contra o aborto e defendo a manutenção da legislação atual sobre assunto', continua Dilma, defensora, no passado, da descriminalização da prática e a discussão do tema como questão de saúde pública. 'Acho que tem de haver descriminalização do aborto. O fato de não ser regulamentado é uma questão de saúde pública. Não é uma questão de foro íntimo, não.', disse, em entrevista à Folha, em 2007.

Dilma Rousseff diz ainda que, se aprovado pelo Senado o projeto que torna crime a homofobia no País, sancionará apenas 'os artigos que não violem a liberdade de crença, culto e expressão e demais garantias constitucionais individuais existentes no Brasil'. Este projeto tramita há nove anos no Congresso, e é rejeitado por movimentos religiosos pelo temor de que padres e pastores sejam punidos por fazerem sermões contra o homossexualismo.

A petista comenta ainda sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH3), o qual diz ser apenas 'uma carta de intenções'. Lançado pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva no fim do ano, o plano propõe, entre outras ações, a descriminalização do aborto e operação de troca de sexo em hospitais conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS). 'O PNDH3 é uma ampla carta de intenções, que incorporou itens do programa anterior. Está sendo revisto e, se eleita, não pretendo promover nenhuma iniciativa que afronte a família', assegura Dilma.

Ela cita ainda como exemplo os projetos do governo Lula, Minha Casa, Minha Vida e Bolsa Família para afirmar que só editará lei e desenvolverá programas 'que tenham a família como foco principal'. 'Minha campanha é pela vida, pela paz, pela justiça social, pelo respeito, pela prosperidade e pela convivência entre todas as pessoas', afirma.

'Não podemos permitir que a mentira se converta em fonte de benefícios eleitorais para aqueles que não têm escrúpulos de manipular a fé e a religião tão respeitada por todos nós', continua a candidata, ao pedir apoio para 'deter a sórdida campanha de calúnias' que, segundo Dilma, está sendo orquestrada contra ela.

Fonte: Estadão
Nota do blog: Estamos voltando à idade média onde os chefes de Estado tinham que beijar a mão dos líderes da igreja.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Para reflexão

Vejam esse texto de Anio de Freitas

Na porta de entrada


ENTRE PRÉ-SAL, Brasil no jogo político planetário, células tronco, construção de foguetes, submarinos nucleares, feitos esplêndidos e silenciosos de laboratórios científicos, liderança mundial em exportação de vários alimentos -enfim uma República presente no século 21 sob tantos aspectos, de repente a eleição de seu presidente reduz-se ao aborto, se crime ou não. Os candidatos tremem, docilizam-se, mentem. Os bispos e pastores, no velho e no novo púlpito da tv, troam passando-se pela voz divina. Um país com meio milênio de atraso.

O caminho para a conquista do eleitor não são os projetos, não são as ideias, não são os circunstantes técnicos e políticos, não é o diagnóstico do presente e a visão de futuro. É a benção. Proveniente de sedes de bispados e cardinalatos, dos palcos e templos onde os que fazem riqueza inventando seitas recolhem os 10% "de dízimo". É a benção não adotada, mas em versão própria, pelos meios de com unicação que se valham desse atraso para estimular eleitores em uma ou ou em outra direção.

Se o eleitor se convence da insinceridade dos candidatos, testemunha que é da submissão oportunista em quem deveria demonstrar inteireza, ignoro a existência de argumento respeitável para convencê-lo do contrário. Ignoro e duvido que haja.

A eleição dita republicana leva o Brasil ao portal do mundo dos fundamentalismos, essa patologia cujos fins e formas variados são idênticos nas marcas deixadas na história: sempre guerras, mortes impiedosas, sofrimento de inocentes em massa, dominação, e atraso -tantas vezes irreparável no possível caminho do crescimento humano.

Na essência, o fundamentalismo que aqui se torna eleitoral tem a ver com o papel subalterno que as religiões médio-orientais e ocidentais atribuem à mulher. Esse ser que nem na arca de Noé teve um lugar, não teve um lugar entre apóstolos e não foi convidada à última ceia. Nasce com as impurezas que a fazem incapaz para o sacerdócio e, ainda hoje, deve esconder-se do mundo sob véus e burcas e hábitos, quando não é apedrejada pelos castigos que isentam os homens. Nesse tratamento aos considerados filhos de Deus, o fundamentalismo encontra no aborto o crime de homicídio na promessa de pessoa que é o feto. A vida acima de tudo. Não, porém, a vida da mulher que não quis ou nem pode ter o encargo de um filho e, entregue à solução única do aborto precário, perde a vida aos milhares e milhões. É vida de mulher, só.

Mas o que os candidatos à Presidência disputam é a sua possibilidade de influir, decisivamente em inúmeros casos, no futuro de quase 200 milhões de pessoas. Adeptos de religião ou não. E a maioria dos adeptos, só para fins de declaração.


quarta-feira, 6 de outubro de 2010

As perigosas relações entre política e religião

Quando foi anunciado o segundo turno nas eleições presidenciais, imaginei que, finalmente, os candidatos iriam começar a debater os grandes temas de interesse da nação.

Infelizmente, mal começou o segundo turno, e os grandes temas estão sendo deixados de lado para dar vez a uma discussão ridícula sobre temas como aborto e união civil de homossexuais, com um forte vies religioso.

Vejam o texto abaixo, retirado do Yahoo Notícias, e tirem suas conclusões.

Evangélicos vão fazer campanha contra Dilma no ES

O Fórum Político Evangélico do Espírito Santo e a Associação dos Pastores Evangélicos da Grande Vitória (APEGV) anunciaram que vão fazer campanha no Estado contra a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. A estimativa é que um terço da população capixaba seja evangélica, o que significa cerca de 1,2 milhão de pessoas.

Segundo o pastor Enock de Castro, presidente da APEGV, a posição foi tomada depois de uma consulta às diversas igrejas associadas às duas entidades. "Entre 80% e 90% dos evangélicos tendem a votar em José Serra (PSDB). O risco é grande de vermos alguns princípios religiosos serem afetados. Há uma posição da Dilma em defesa do aborto, da união civil entre pessoas do mesmo sexo e proibição de proferir religião em órgãos públicos, que são coisas que não podemos aceitar", disse, ao justificar a posição.

Já o presidente do Fórum Político Evangélico do Espírito Santo, Lauro Cruz, afirmou que a postura tucana preocupa menos. "O posicionamento histórico de Dilma gera apreensão. Ela é a favor do aborto, embora tenha negado isso. A postura de Serra preocupa menos do que a de Dilma. E dos males, vamos escolher o menor."

Outro ponto apontado pelas lideranças evangélicas capixabas contra a petista foram as alianças políticas firmadas pelo PT para viabilizar a candidatura da ex-ministra. "Ao lado dela estão José Sarney, Jader Barbalho, Renan Calheiros e José Dirceu. Não são políticos confiáveis", comentou Cruz.
No primeiro turno, as duas entidades evangélicas apoiaram a candidata do PV, Marina Silva, e chegaram a subir no palanque dela quando esteve em Vitória, no fim de setembro. "Esperamos uma posição neutra da Marina", afirmou Castro.

Família
Outra entidade evangélica capixaba, a Convenção das Assembleias de Deus, afirmou que também vai apoiar Serra. "Quando aceitamos um membro, avaliamos sua conduta. Alguém para presidir uma família tão grande como a brasileira tem de ter uma raiz, que é a família. Na campanha, José Serra se apresentou junto com a família. É assim que tem que ser e vamos orientar os fiéis nesse sentido", disse Osmar de Moura, presidente da Convenção. 

Já a Igreja Católica, por meio da Arquidiocese de Vitória, lançou um documento oficial assinado pelo arcebispo Luiz Mancilla Vilela, condenando quem apoia questões como o aborto, a violação à liberdade de expressão e religiosa. 

"Não vote naqueles que defendem um falso conceito de direitos humanos, por exemplo, colocando como se fosse direito: a violação da liberdade de expressão, o direito de matar o ser humano no seio materno, o direito de adoção de crianças quando faltam as qualidades de mãe ou de pai, o direito de violar a liberdade religiosa impedindo que cada religião use os seus símbolos sagrados. Estes não merecem o seu voto de católico", escreveu o arcebispo.

No domingo da eleição, alguns padres católicos chegaram a pregar contra o voto em Dilma durante a homilia das missas matinais. Um dos exemplos foi a Igreja de Santa Rita, localizado na Praia do Canto, um bairro nobre da capital capixaba.

No Espírito Santo, houve uma vitória apertada da candidata petista. Dilma conquistou 37,25% dos votos válidos, o que corresponde a 717.417 votos; Serra obteve 35,44%, o que equivale a 685.590 votos; e Marina Silva recebeu 26,26% dos votos capixabas ou 505.734 votos.
 

Crianças completam 60 dias sem aula

A falta de professores nas salas de aula das escolas da rede estadual de ensino já é um assunto bastante divulgado e, até o momento, sem solução. O problema atinge principalmente os estudantes do ensino médio. Mas, infelizmente, não se resume a eles. Na Escola Estadual Antônio de Souza Machado, no conjunto Nova Vida (zona leste), por exemplo, a falta de professores prejudica crianças e adolescentes. São estudantes que estão sem professores há meses, ou, simplesmente, não assistiram a nenhuma aula no atual ano letivo.
O caso mais grave - se é que existe maior ou menor gravidade nesse caso - refere-se a uma turma de crianças do 2° ano fundamental que estão sem assistir à aula há mais de dois meses. É que a professora dessas crianças simplesmente desistiu de dar aula após o fim do recesso do meio do ano. Motivo: falta de pagamento.
As aulas foram paralisadas exatamente no dia 2 de agosto passado e, até o momento, o que se tem são apenas promessas de que elas serão retomadas.
Nesta quarta-feira, 5, a dona-de-casa Maria Dalcicléia, mãe de Kaio, de 7 anos, foi até a escola saber se as aulas seriam retomadas. Mas, logo depois, retornou com uma resposta negativa. "A direção da escola havia informado que as aulas seriam reiniciadas hoje (ontem), mas fui informada agora que a Secretaria (Estadual da Educação) ainda não definiu o professor", disse Dalcicléia, contando a conversa que teve a vice-diretora da escola.
Sem professor, Kaio, um dos estudantes do 2° ano, deixou de assistir à aula para assistir à TV. "Isso quando não está na rua", conta a sua mãe.
A diretora do Antônio de Souza Machado, Maria da Conceição Oliveira Souza, reconheceu o problema e se mostrou indignada com a situação. "Já trouxemos até o promotor da Educação para conferir o abandono, mas nada foi feito, mesmo assim", contou a diretora, mostrando que está agindo para conseguir professores.
Conceição informou que na última segunda-feira, 4, esteve na Diretoria Regional de Educação (DIRED) de Mossoró, onde foi informada que os professores seriam encaminhados para as escolas assim que chegasse uma minuta da Secretaria Estadual da Educação dando autorização. "A promessa agora é que até sexta-feira, 8, esses professores serão encaminhados', relatou a diretora.

Fonte: www.defato.com

terça-feira, 5 de outubro de 2010

PT estuda tirar aborto de programa para estancar queda de Dilma entre religiosos

Acuado pela perda de votos de evangélicos na reta final do primeiro turno, o PT ensaia deixar de lado a defesa programática da descriminalização do aborto e já planeja retirar a proposta do programa do partido, aprovado em congresso.
A medida deve ser discutida em reunião da Executiva do PT, como forma de responder aos rumores contra a candidata à Presidência, Dilma Rousseff, apontados como o principal motivo para o crescimento de Marina Silva (PV), contrária à legalização do aborto, e a consequente ida da disputa presidencial ao segundo turno.
O secretário de Comunicação do PT defende o isolamento da ala do partido pró-legalização. “Agora é hora de envolver mais dirigentes na campanha. Foi um erro ser pautado internamente por algumas feministas. Eu e outros fomos contra”.
Um dos coordenadores da campanha de Dilma, José Eduardo Cardozo, reconhece que a resolução do PT, pró-descriminalização do aborto, não é unânime no partido e não é a posição de Dilma.
O tema se tornou tão incômodo que ontem, ao “Jornal Nacional”, Dilma o citou mesmo sem ter sido questionada (ela teve um minuto e meio para “dar uma mensagem aos eleitores”).
“Eu tenho uma proposta de valores. Um princípio nosso de valorizar a vida em todas as suas dimensões”.

Fonte: Folha Online

Nota do blog: particularmente, acho que essa discussão é completamente desnecessária diante de temas tão relevantes para o futuro do país que não foram adequadamente discutidos durante o primeiro turno (saúde, educação, segurança, reforma agrária etc.).

Essa discussão sobre a legalização do aborto evidencia uma disputa entre o  machismo do fundamentalismo cristão e as conquistas do movimento feminista.
Infelizmente, o movimento feminista brasileiro não tem a força e a popularidade necessária para  atrair o apoio dos partidos que disputam o segundo turno, PT e PSDB, já que o que importa neste momento é a conquista de votos.

Por outro lado, o número crescente de pessoas que se vinculam ao fundamentalismo cristão brasileiro dá força política a um movimento  machista  e conservador que tenta colocar a mulher em uma posição de inferioridade em relação ao homem.

Assim, os líderes de determinadas igrejas se sentem em condições de impor esse tipo de discussão e pautar o discurso dos candidados, que para chegar ao poder, abandonam seus ideais e passam a defender as bandeiras que rendem mais votos, por mais ridículas que elas sejam. 

O movimento feminista está sendo a primeira vítima dos fundamentalistas cristãos. Quem será a próxima vítima?

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

PSDB reflete sobre a troca do vice de Serra


De acordo com o site Poder online, é forte no PSDB a pressão para, no segundo turno,  o candidato do PSDB, José Serra, substituir o seu vice, deputado Índio da Costa (DEM).
Os tucanos sonham com duas hipóteses. A primeira, considerada mais remota, é Marina Silva (PV). Mas o projeto da senadora para 2014 e as rusgas do primeiro turno deixam essa possibilidade mais difícil.
A segunda é voltar a pressionar o senador eleito Aécio Neves (MG). Na avaliação de alguns tucanões Aécio não tem nada a perder agora.
Uma coisa é certa, o comando do PSDB quer a mudança do vice.

Algumas pessoas duvidam, mas as ações de Serra na reta final deste primeiro turno mostram que vale tudo para ganhar a eleição. 

Oportunismo por todos os lados

Domingo à noite.
Os votos ainda não haviam sido totalizados, mas já se tinha certeza de que a eleição presidencial seria decidida no segundo turno e o que vemos.
Políticos vinculados ao PT e ao PSDB/DEM falando sobre a importância da causa ambiental.
Serra e Dilma passaram a eleição inteira sem falar seriamente sobre o assunto, mas o desempenho de Marina parece ter despertado a percepção de que o discurso sobre a questão ambiental agrega votos.
Assim, com a maior cara de pau possível, políticos dos partidos que disputam o segundo turno começam a falar sobre a preservação do meio ambiente.
Vou dar uma dica para as turmas do PT e do PSDB: nem todos os votos de Marina são frutos do discurso sobre a questão ambiental. É bom ficar de olho no fato de ela ser evangélica. Cada vez mais me convenço de que esse fato tem um peso enorme na escolha dos candidatos por parte de um número significativo dos eleitores evangélicos.
Assim, além de falar sobre meio ambiente, é bom começar a dizer que é contra a legalização do aborto, a descriminalização do uso da maconha, a união civil de casais homosexuais, a adoção de crianças por casais homossexuais etc.
Se não fizer isso, Silas Malafaia e sua turma ficam com raiva e aí, já era, adeus votos dos evangélicos.

domingo, 3 de outubro de 2010

Aqui se faz, aqui se paga

Durante o tempo em que esteve a frente do Ministério do meio ambiente, Marina Silva enfrentou forte oposição dentro do próprio governo. Para defender a causa ambiental Marina travou embates, inclusive, com a Ministra da casa civil Dilma Rousseff, com sua obsessão pelo desenvolvimento econômico a qualquer custo.
Marina perdeu a batalha e acabou se retirando do governo e do próprio PT, sem que as lideranças do governo e do PT fizessem o esforço necessário para mantê-la no ministério ou no PT.
O próprio Presidente Lula parece não ter acreditado que a saída de Marina ocasionaria prejuízos ao governo ou ao partido, e nada fez para prezervá-la.
Mas, como diz o ditado, aqui se faz, aqui se paga.
E o PT pagou caro, pois Marina (que seria a candidata ideal para o PT), conquistou uma quantidade surpreendente de votos, ganhou forças como alternativa para 2014, e impediu a vitória de Dilma ainda no primeiro turno.
Agora Dilma e o PT têm que lutar pela vitória nesse segundo turno, ao lado de aliados como José Sarney, Collor e Renan Calheiros, pois, ao longo desses oito anos, o partido abriu mão de pessoas como Plínio, Marina, Heloísa Helena e Cristovan Buarque, o que é, simplesmente, lamentável.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Dilma nos debates

Candidata Dilma. Como resolver os problemas da educação?
Dilma responde: No governo do presidente Lula....

Candidata Dilma. Como resolver os problemas da saúde?
Dilma responde: No governo do presidente Lula....

Candidata Dilma. Como resolver os problemas da segurança?
Dilma responde: No governo do presidente Lula....

Assim, a orientação feita pelos responsáveis pelo marketing da campanha da candidata faz com que o povo brasileiro chegue ao final do período eleitoral sem conhecer profundamente as ideias defendidas por Dilma que, provavelmente, sairá vitoriosa ainda no primeiro turno.